2008/07/02

A Decadência do Comércio no Entroncamento

O percurso da Juventude Socialista ao longo destes cerca de 30 anos de existência tem sido marcado por grandes lutas. Tanto a nível nacional, com a recente luta a favor da despenalização do aborto, como a nível local, com as várias concelhias a apoiarem o seu partido e principalmente a lutarem pelos direitos dos jovens das suas cidades.
A JS Entroncamento tem assim o dever de honrar a sua génese, e não deixará de reivindicar melhores condições para a nossa cidade e para os nossos jovens.
Nesta linha de pensamento, no fim de semana, dia 28 de Junho de 2008, a Juventude Socialista e o Partido Socialista do Entroncamento promoveram uma acção de rua contra a taxação do estacionamento à superfície.
Muito nos surpreendeu a grande reacção de apoio que os comerciantes tiveram em toda a zona centro. Todos manifestaram o seu desagrado para com a última medida do executivo PSD, e alguns chegara a juntar-se a nós nesta acção.
Consideramos no mínimo criminoso que um executivo camarário tome medidas cujo o único resultado é a morte do comércio numa cidade.
Temos de ter consciência que neste momento deixámos de falar apenas no comércio tradicional para passarmos a falar de todo o comércio do centro da cidade.
Quando nem lojas como a Rulys Megastore, o centro comercial Avenida ou o Mercado Municipal conseguem captar população para o coração da cidade. Então cabe ao poder político tomar decisões que promovam esse fluxo e que não acabe de espetar a espada que destrói o coração do Entroncamento.
Mas meus caros concidadãos, sendo o Entroncamento a terra dos fenómenos, estamos nesta altura a assistir a mais um.
Como se não bastasse termos uma rede de transportes urbanos deficitária e completamente desenhada para levar a nossa população para o E.leclerc, termos as lojas da zona centro a preços loucos e que inviabilizam qualquer tentativa de investimento, termos a taxa de derrama e outras semelhantes no máximo, temos agora todos os estacionamentos que serviam a zona centro a serem pagos.
Só podemos ler nestas medidas um objectivo, engordar os bolsos das grandes superfícies.
Sendo nós uma força política jovem e vocacionada para os jovens, muito nos custa ver que o que este executivo pretende é tirar as crianças e os jovens do centro da nossa cidade.
Deixamos aqui um alerta, se não puxarmos as famílias para a Praça Salgueiro Maia, para a rua do comércio e envolvente, então nunca conseguiremos incutir nos mais novos estes hábitos e estaremos meramente a promover a ida ao shopping em detrimento da dinâmica de cidade.
Caro Sr. Presidente do alto da minha jovem experiência política e vivência social permita-me um conselho:
Uma cidade viva faz-se com cultura dinâmica (cinemas, galerias de arte, museus, bibliotecas, desfiles de moda, etc..), comércio activo (com lojas variadas), serviços e o mais importante de tudo as pessoas. Destruir hábitos é muito fácil, basta apenas fraca inspiração política, como a que tem mostrado. Fomentar esses mesmos hábitos é muito mais difícil e requer uma boa gestão e acima de tudo visão política.


O Presidente da Mesa da Assembleia
Mário Gonçalves

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